segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

A terra sem ninguém

Olá, ainda não tenho ideia de como irei começar a escrever aqui, se é que ainda sei escrever porque tudo o que faço é pensar, me perdoem os erros.
Eu me chamo José, estamos em 21 de Novembro de 2056 se eu não estiver enganado, e eu sou o único sobrevivente da terra. Não é certeza, mas eu acredito que sim. Eu tenho 35 anos e decidi começar a escrever assim que encontrei esse caderno, talvez ninguém nunca leia isso, mas isso me ajudará a não enlouquecer.
Vamos começar do inicio, em 2047 eu vivia minha vida normalmente aqui no Brasil, estava na faculdade eram mais ou menos 9 horas da manhã e a rua estava um caos, era a terceira guerra mundial fora do Brasil, claro que não estávamos participando. Era um caos, uma situação lastimável, eu estava com pena das pessoas lá fora, estava com medo do Brasil se juntar a guerra, mas ainda vivia minha vida devagar, um dia após o outro. Eu morava sozinho em um condomínio até que luxuoso em Campinas - São Paulo, tinha uma namorada maravilhosa e vários amigos...
Estou desolado, me sinto com medo, angústia, tristeza. Me sinto sozinho e com fome metade do tempo, me sinto sozinho e com frio a outra metade. Sinto que a qualquer momento irei enlouquecer.
Vamos continuar. Eu era um cara com uma boa vida, não tinha do que reclamar. Um dia a guerra piorou, se bem me lembro era Dezembro de 2047 e a guerra estava a um pé de matar todos os envolvidos. Eu acredito que essa foi a guerra mais brutal e massacrante de todas as guerras que já houveram.
Eu não sei exatamente onde estou, andei muito para chegar em uma casa que ainda está por de pé, tem comida estocada, mas não tem ninguém, estou aqui a 2 anos, já é a minha casa e até me sinto seguro aqui. As vezes não basta passar dias e dias acordado, minha mente não me deixa dormir, ou estou tão cansado, mas ela se mantem sempre alerta.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Amanhã talvez

Os pensamentos muitas vezes se confundem, me deixam mal. 
Preciso de ajuda, quem sabe isso muda, talvez amanhã ou depois, mas não posso continuar, sem saber como voltar, e fazer tudo certinho outra vez, sem deixar um vácuo, uma fresta de vento entrar na minha alma. 
Quem deixou essa janela aberta? O tempo frio esta gelando tudo aqui dentro, nem parece que é Dezembro.
Tudo de bom se foi e resta apenas eu, sem você e sem ninguém, só eu.
Estou transtornada, mais cedo eu tinha tudo e agora já não há mais nada. 
Como posso estar assim, perdida e sem um fim. 
Alguém me ajuda, quem sabe isso muda, amanhã talvez.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

linhas retas

E por meio destas linhas retas escrevo histórias tortas de dias de tortura sem fim, embaixo de um sol escaldante ou de um pesado e sufocante momento.
Estou aqui para mostrar que não precisa ter medo, que mesmo sendo desconhecido pode estar ao seu tempo e não irá te fazer mal, que também tudo de bom nessa vida é negado logo de partida e teremos que seguir então, sem dizer "não" fica mais fácil.
Cheguei nessa estrada sem um maço de cigarro para fumar, que dificuldades me aguardam logo á frente que não sei?
Como estou aqui e onde cheguei?
Obrigada mais uma vez por estar nessa comigo, meu pequeno conhecido.
e por meio dessas linhas retas lhe mostro que não sei de nada, mas que sou muito agradecido.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Ah! A escuridão

Eu me sinto mais segura no escuro, minha alma se acalma é na escuridão. 
O mal que me cerca, foge. A luz está longe de ser vista, mas eu não me importo. 
A escuridão me conforta, me aquece, me deixa bem, a escuridão que me toma, me leva consigo, me torna alguém.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Que saudade

Nossa que saudade dela! Saudade do seu abraço, seu carinho, seu cheiro, o jeito como ela sorri. 
Ah! o jeito como ela sorri me arrepia, é tão lindo, parece que o mundo fica pequeno, ela carrega o amor no seu sorriso, eu sei. 
O jeito como ela ajeita o cabelo, como ela ajeita a roupa. 
Eu a amo apesar de tão pouco tempo, eu a amo. 
As vezes me pego pensando em cada curva de seu corpo, que perfeito. As vezes me pego lembrando de cada momento que vivemos, que lembrança. 
Me desculpa, mas eu não sei te superar.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Ela

Ela está inalcançável hoje, está em outro mundo, como de costume ela veste os melhores trajes e sai por ai, pensa em um lugar para se divertir, esquece a tristeza por um momento, vive sozinha porque dói menos.
É inexplicável o gosto da solidão, gela a alma, escorre pelos olhos, deixa marcas e quando vai, você teme que volte novamente. 
Queria ser ela por um momento, viver em outro lugar, um lugar onde é só dela, quero visita-lá, quero estar com ela, quero sentir sua energia, ter as melhores companhias, só ela e ela mesma, e ela adora.
Que belo sorriso ela tem, que alma transparente e lúcida, nunca a esquecerei, difícil pra mim foi vê-la partir, partiu tão em paz quanto veio, garota tranquila da alma lúcida que viajava a galáxia enquanto andava por ai. 
Eu senti algo por você, algo tão bom quanto seu cheiro, tão lindo quanto seus olhos, acho que foi amor mas nunca será dito, menos ainda explicado. 
E nunca teremos alguém como ela novamente.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Morrer de amor

Estou no escuro lembrando as suas ultimas mensagens mais uma vez e me perguntando por que você se foi.
Nós éramos tão bons, éramos perfeitos, queria entender como outra te levou como ela te levou de mim. 
E eu estou aqui assim há seis meses, eu já não sei mais o que é luz do sol. 
Meu telefone não toca mais, eu imagino quando você vai vir arrependido pedindo pra voltar, é claro que você nunca mais vai vir, você nunca vai pedir pra voltar, mas eu sinto sua falta, eu te peço perdão toda noite.
Essa cela é muito fria e isso me lembra de seu sangue quente escorrendo pelas minhas mãos quando eu te matei, me lembro do brilho no seu olhar indo embora e seu coração parando, foi à cena mais linda que eu já vi.
Mas estou aqui lembrando as suas palavras dizendo que já não queria mais nada e eu implorando dizendo o quanto éramos bons.